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Vinho espumante: elegância e celebração

Vinho espumante: elegância e celebração

Fruto de uma feliz coincidência no séc. XVI, o vinho espumante é hoje associado a momentos dignos de brindes e celebração. Saiba tudo sobre este vinho leve e elegante.

Atualizado a 22/11/2022
3 MINUTOS DE LEITURA
Vinho espumante: sinónimo de elegância e celebração

O primeiro espumante de que há registo remonta a 1531, em Champagne (Norte de França), quando os monges da Abadia de Saint Hilaire viram surgir bolhas num vinho que, contendo algum açúcar natural do mosto, acabou por fermentar na garrafa e criar um gás natural que casou com a acidez e a estrutura do vinho. Este feliz acidente marcou o nascimento desta inigualável bebida, outrora associada à realeza e hoje a grandes momentos, mas sempre sinónima de elegância e celebração.

Vinho espumante: um brinde à dupla fermentação

Os espumantes são feitos com as mesmas uvas dos vinhos finos. No entanto, chama-se espumante ao vinho que passa por duas fermentações naturais: a fermentação alcoólica (que transforma o açúcar da uva em álcool, tal como nos outros vinhos) e a segunda fermentação (na qual o vinho adquire a efervescência natural, sem qualquer adição de gás). Existem vários métodos para o fazer: em tanques de aço inox pressurizados ou o mais comum, o tradicional, no qual a segunda fermentação é feita dentro da própria garrafa.

Espumante 100% Português

Em Portugal, a produção de espumantes conta com cerca de 100 anos. Apesar de Bairrada, Távora-Varosa e Vinhos Verdes serem as principais regiões produtoras, a sua produção alastra-se rapidamente um pouco por todo o país. Quanto às castas, na Bairrada as principais são a Baga (tinta) e as Bical, Cercial e Maria Gomes (brancas), em Távora-Varosa a casta Malvasia Fina é a primeira dos brancos e a Touriga Nacional dos tintos. Na região dos vinhos verdes, realçam-se as castas Alvarinho, Avesso e Arinto.

A harmonização ideal

Versátil por natureza, o espumante pode ser degustado por si só ou servido com os mais variados pratos, da entrada à sobremesa. As combinações com sushi e ostras têm fama e, à sobremesa, deixe brilhar os espumantes mais doces.

 

Como abrir uma garrafa de vinho espumante

Recline-a, retire parte da cápsula e desaperte o muselet*. Inclinando a garrafa a 45º, agarre a rolha com a mão esquerda e, com a mão direita, rode a garrafa até a rolha saltar (se necessário, use o muselet para prender melhor a rolha na mão). Atenção: nunca aponte a garrafa a ninguém.

 

Brindar com copo certo

Sirva o espumante em flute, para perder menos gás e poder apreciar a “corrida” das bolhas. Encha três quartos do copo e pegue pelo pé, para se manter fresco.

 

Como guardar o vinho espumante

Armazene as garrafas deitadas, ao abrigo da luz, a uma temperatura constante (14-15 ºC) e com elevada humidade (70%).

 

*Um muselet é uma gaiola de arame que se encaixa na cortiça de uma garrafa de champanhe, vinho espumante ou cerveja para impedir que a cortiça suba sob a pressão do conteúdo gaseificado.

Frederico Vilar Gomes
Enólogo Pingo Doce
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