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Investir em vinho é uma boa opção?

Investir em vinho é uma boa opção?

O potencial de envelhecimento, a armazenagem e a procura são alguns dos fatores a ter em conta, quando pensar em investir em vinho.

Atualizado a 03/05/2024
4 MINUTOS DE LEITURA
Investir em vinho é uma boa opção?

Sabia que um tinto da Borgonha de 1945, da famosa marca Romanée-Conti, foi vendido por 520.000€ em 2018, tornando-se no vinho mais caro da história? Considerado, por vezes, um produto de luxo, que chega a valores astronómicos, investir em vinho pode, de facto, ser uma boa opção, mas é preciso prestar atenção a alguns aspetos: o potencial de envelhecimento, a armazenagem e a procura.

Uma coisa é certa: desde que o vinho esteja em boas condições, deve proceder à venda em leilões, mesmo que estes tenham regras bastante apertadas. Damos um exemplo: o Barca Velha de 2000 foi lançado em 2008 por cerca de 75€ por garrafa, mas hoje custa perto de 900€ — ou seja, em 15/16 anos, aumentou 12 vezes o valor inicial.

Qual é a melhor altura para comprar?

Geralmente, quanto mais cedo for comprado o vinho, mais barata fica a compra. Há, até, algumas regiões que vendem o vinho enquanto ainda não está engarrafado — muito conhecido na região de Bordéus, chama-se a isto “en primeur” e acontece no mês de Abril depois das vindimas, quando as adegas dão a provar o seu vinho e vendem uma grande parte para conseguir dinheiro para a campanha do ano seguinte.

Este vinho é comprado, mais ou menos, a metade do preço que terá mais tarde. Tem, no entanto, a desvantagem de ainda não estar pronto e não se ter a certeza do produto final, ainda que existam adegas que são garantia de qualidade.

Também alguns jornalistas de renome dão uma pontuação ao ano de colheita e a cada uma das diferentes adegas, o que ajuda muito para servir como guia.

Investir em vinho: a melhor região

Quando pensar em investir em vinho, pense também na região de origem — por exemplo, Borgonha, nos últimos anos, foi a zona com maior valorização, ou seja, quem há 10, 20 ou 30 anos comprou vinhos dessa área, que ainda estavam bons, conseguiu multiplicar em algumas centenas (se não, milhares) o seu dinheiro. Borgonha, Bordéus, Toscana e Champagne são as regiões mais leiloadas. Em Portugal, os vinhos do Porto, Madeira, Colares, Douro e Alentejo são os que mais valorizam.

Marca

A marca é o fator principal de valorização, tanto em vinhos estrangeiros como em portugueses. Esse valor é alcançado pela qualidade, longevidade e, claro, a procura. Geralmente, os preços astronómicos acontecem em marcas que não têm muitas garrafas, o que faz aumentar a procura. Romanée-Conti, Leroy, Petrus, Lafite, Dom Perignon, Screaming Eagle são algumas das marcas mais requisitadas.

Por outro lado, os vinhos do Porto e Madeira e marcas como Quinta do Noval, Taylor´s, Ferreira, Niepoort e Blandy´s são os vinhos portugueses que valem mais dinheiro. No estrangeiro, os brancos e tintos portugueses têm muito pouca procura, ainda que marcas como Barca Velha e Pera Manca tenham visto os seus preços quase a duplicar de valor, por cada ano que passa, em Portugal.

Ano de colheita

A qualidade do vinho altera muito em diferentes anos e uma boa colheita pode facilmente valer duas a três vezes mais do que uma colheita menos conhecida. Geralmente, as revistas da especialidade têm tabelas com pontuações dadas a cada vindima em cada uma das principais regiões vitivinícolas.

A influência dos jornalistas

Nada interfere mais no preço do que a pontuação dada pelos mais famosos jornalistas especialistas de vinhos. Quando estes resolvem dar uma nota elevada a um vinho, o preço dispara a uma velocidade enorme, chegando mesmo, por vezes, a ter um preço 10 vezes superior ao preço inicial, antes do lançamento da pontuação.

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