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Tudo sobre a garrafa de vinho

Tudo sobre a garrafa de vinho

Pode ser num pacote ou mesmo num saco, mas o mais comum é guardar o vinho numa garrafa de vidro. Quais os diferentes formatos e tamanhos da garrafa de vinho?

Atualizado a 19/04/2024
5 MINUTOS DE LEITURA
Tudo sobre a garrafa de vinho

Do conjunto de recipientes existentes, a garrafa de vidro é a melhor para armazenar o vinho — por ser inerte e não deixar passar ar, prejudicial a esta bebida, permitindo a sua conservação por várias décadas e, por vezes, por vários séculos. Mas porque existem diferentes formatos da garrafa de vinho? Têm impacto na forma como envelhece?

O formato da garrafa de vinho

Não se sabe ao certo porque existem diferentes formatos, mas sabe-se que a qualidade não varia pelo formato da garrafa.

Há cinco diferentes formatos, com o nome de algumas regiões mais famosas do mundo. Conheça as diferentes garrafas de vinho:

  • Bordalesa (Bordéus) : Esta é a garrafa mais usada no mundo e também em Portugal, especialmente nas regiões do Douro, Bairrada, Tejo, Lisboa, península de Setúbal e Alentejo.

  • Borgonha: Apesar de usada um pouco por todo o país, é conhecida por ser a garrafa do Dão. É, aliás, a única que se usa nesta região. Os vinhos mais caros do mundo, tanto brancos como tintos, são armazenados neste recipiente.

  • Reno, também conhecida em Portugal como “pistola”: É a garrafa dos Vinhos Verdes. Tem a desvantagem de ser bastante mais alta e, por isso, há dificuldade em colocá-la em alguns frigoríficos. Praticamente, só é usada em brancos e, normalmente, associada a vinhos frescos e ácidos de zonas frias.

  • Espumante: Usada em todos os espumantes. Esta é uma garrafa que tem o vidro muito mais grosso e é, por isso, bastante mais pesada, aguentando, assim, a pressão muito elevada dos vinhos espumantes. Tem, mais ou menos, duas a três vezes mais pressão do que o pneu de um carro.

  • Porto: Usada em vinhos licorosos, tem uma ligeira câmara no gargalo para evitar a passagem para o copo de algum depósito que possa existir. Algumas são muito escuras, permitindo a proteção da luz, com o máximo de eficiência. Usada em Portugal, nos vinhos do Porto e Madeira.

O tamanho

Há diferentes tamanhos de garrafas de vinho, mas a mais convencional é de 0,75 litros. Mesmo as garrafas maiores e menores usam múltiplos desta medida.

Não se sabe ao certo o porquê deste numero, mas acredita-se que foi uma medida acordada entre os franceses (exportadores), que usam o litro como medida de líquidos, e os ingleses (importadores) que usam o gallon.

Sobre a evolução do vinho, é verdade que, quanto maior a garrafa, mais lentamente o vinho envelhece. Por isso, muitos dos vinhos mais caros têm uma grande porção engarrafada em garrafas maiores do que as convencionais. Isto acontece porque a proporção da parte em contacto com o ar — tapada pela rolha — é cada vez menor quanto maior o volume da garrafa.

Cada tamanho de garrafa tem um nome associado, de origem biblíca ou histórica:

  • Piccolo ou Split: 187ml;
  • Meia garrafa: 375ml;
  • Convencional: 750ml;
  • Magnum: 1,5l;
  • Double Magnum: 3l;
  • Jeroboam: 4,5l;
  • Rehoboam: 4,5l (Espumantes);
  • Imperial ou Matusalém: 6l;
  • Salmanazar: 9l;
  • Baltazar: 12l;
  • Nabucodonosor: 15l;
  • Salomão ou Melquior: 18l.

A cor da garrafa de vinho

A cor escura protege o vinho da luz, evitando que se acelere o envelhecimento. Por isso, algumas adegas preferem usar garrafas ligeiramente azuladas ou esverdeadas, nos brancos e rosés (mais sensíveis à luz).

Geralmente, nos tintos e nos brancos reserva são usadas garrafas escuras, assim como para estágio também. Apenas os brancos de consumo rápido têm garrafas transparentes ou claras. Os Porto especiais, feitos para envelhecer durante várias décadas em caves, são guardados numa garrada de cor muito escura, que impede que se veja o vinho quando se serve.

Peso da garrafa

O peso não tem qualquer influência na qualidade do vinho, e, já agora, aquele fundo da garrafa mais metido para dentro também não. É tudo uma questão estética.

Ainda assim, a garrafa mais pesada passa a ideia de maior qualidade e as adegas sabem disso. Muitos vinhos são vendidos mais caros, porque têm uma garrafa mais pesada e um rótulo mais premium, apesar de a bebida ser a mesma.

O caso especial do Mateus Rosé

Uma das maiores jogadas de marketing e que resultou na venda de muitos milhões de garrafas foi com o vinho português mais conhecido de sempre: o Mateus Rosé. O vinho foi armazenado numa garrafa com o formato de um cantil, mais baixa do que todas outras garrafas existentes, e como tal, os supermercados colocavam-na à frente de todas as outras, com grande visibilidade. Acabou por gerar volumes de vendas astronómicas por todo o mundo.

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