A península de Setúbal é a região que mais tem conquistado os portugueses, nos últimos anos, pela sua ótima relação qualidade-preço.
Com uma tradição secular, foi palco das primeiras vinhas plantadas da Península Ibérica e do primeiro vinho engarrafado português (o Periquita, em 1850). É também onde se produzem alguns dos melhores vinhos Moscatéis do mundo. Saiba quais são os melhores vinhos de Setúbal.
Quais são os principais vinhos de Setúbal
O Terroir
Divide-se em duas zonas diferentes. Por um lado, há a serra da Arrábida, com solos argilosos calcários inclinados de montanha e muito perto do mar, onde são produzidos os melhores brancos e moscatéis da região. Por outro, ali encontram-se terrenos planos com um clima quente em solos de areia, que refletem a luz solar e aquecem os cachos, originando vinhos concentrados e ideais para a produção de tintos.
As castas
A Castelão, antiga Periquita, é a rainha das castas tintas, produzindo vinhos elegantes, com aromas intensos frutados a fruta preta e com elevado potencial de guarda, muitas vezes misturada com Aragonês ou Tricadeira.
As castas brancas mais cultivadas são a Moscatel Graúdo e a Fernão Pires, dando origem a vinhos muito aromáticos, florais, frescos e suaves.
A casta Moscatel Roxo — que quase entrou em extinção, mas, felizmente, foi recuperada — produz vinhos licorosos muito concentrados e doces, e com elevadíssimo potencial de guarda. Também resulta em rosés aromáticos e muito fáceis.
Os vinhos de Setúbal
Brancos: Vinhos intensos e aromáticos, muito florais e frutados, suaves, frescos e saborosos. Ideais para acompanhar o tradicional choco frito, mariscos e peixes grelhados.
Rosés: De cor salmão claro, são muito aromáticos, especialmente os feitos da casta Moscatel. Suaves, frescos e ideais para comida picante asiática, sushi e saladas.
Tintos: Concentrados e muito frutados, são vinhos fáceis, suaves e persistentes.
Moscatéis de Setúbal
Tanto os vinhos feitos de Moscatel Graúdo como de Moscatel Roxo, têm um teor de álcool elevado, normalmente entre 17 e 20%, e são feitos para acompanhar sobremesas ou para serem bebidos por si só. Têm esta percentagem elevada de álcool, por ser adicionada aguardente a meio da fermentação.
O estágio destes vinhos é o grande segredo pois, só com muitos anos de maturação, é que os vinhos ganham aquela complexidade e concentração de sabores tão próprios, a fazer lembrar frutos secos, mel, caramelo e fruta cristalizada. Com este envelhecimento, também a cor se torna cada vez mais acastanhada.