O Vinho de Carcavelos nasce pelas mãos do Marquês de Pombal — um pioneiro mundial no setor do vinho, pois foi ele a criar a primeira região demarcada do mundo: o Douro. Algures durante este processo de organização e na regulamentação do vinho do Porto, teve a ideia de produzir uma bebida semelhante, nas suas terras tão próximas da capital.
Vinho de Carcavelos: doce e licoroso
Fortificado, tal como um Porto ou o da Madeira, o Vinho de Carcavelos é doce e tem elevado grau alcoólico, entre 19-20%, onde foi adicionada aguardente vínica no mosto. A estagiar em pipas e toneis de madeira durante vários anos, tem a característica de um bouquet e complexidade muito distintos e de qualidade excecional, com a grande vantagem de durar muitas décadas com uma boa evolução.
É produzido, geralmente, misturando uvas tintas das castas Trincadeira e Castelão e brancas. Junta-se ainda a famosa Arinto às raras e locais Galego Dourado e Ratinho, que crescem nos solos argilo-calcários e num clima temperado e ventoso típico das regiões costeiras portuguesas, conferindo-lhe uma acidez elevada para equilibrar a doçura deste vinho licoroso e rico.
O seu vinho é generoso e faz lembrar um vinho do Porto Tawny ou um Madeira, pela frescura e forte acidez. Possui cor âmbar brilhante, doçura intensa e grande capacidade de envelhecimento.
O generoso de Carcavelos é um dos vinhos mais especiais da região de Lisboa, a par dos Colares brancos da casta Malvasia de Colares, o tinto da casta Ramisco, o generoso, o Medieval de Ourém, os brancos da casta Vital de vinhas velhas e os tintos de Alenquer.
