A região de vinhos do Tejo (antiga Ribatejo) representa cerca de 8% da produção nacional. A região Tejo integra seis sub-regiões vitivinícolas: Tomar, Santarém, Chamusca, Cartaxo, Almeirim e Coruche. No entanto, quase a totalidade dos vinhos produzidos são misturas de várias sub-regiões – os chamados vinhos regionais do Tejo.
A importância do rio para os vinhos do Tejo
O clima, com forte influência continental, as temperaturas extremas, principalmente no verão, e o solo rico conferem a esta região condições naturais únicas. Aqui, o rio Tejo tem um papel fundamental na separação de três tipos de solos existentes: Bairro, Campo e Charneca.
- O Bairro é a grande mancha a oeste e norte do rio, com solos argilo-calcários que conferem mais frescura e concentração aos vinhos. Estes são os solos com mais potencial para fazer vinhos tintos de guarda.
- O Campo corresponde aos solos muito férteis, frequentemente inundados pelo rio Tejo.
- A Charneca é toda a mancha de solos de areia a este e a sul do rio Tejo e que faz fronteira com a Península de Setúbal. As areias são solos pobres e as vinhas sofrem muito com o calor, com a falta de água e, consequentemente, a sua produção de uvas é baixa. Muitas destas uvas fazem o famoso abafado, que é produzido, exclusivamente, da casta Fernão Pires e que evolui durante décadas: pode até atingir facilmente os 16% de álcool.
Castas com identidade
Nesta região, o peso das castas brancas e tintas está equilibrado. Nas castas brancas, destaca-se a Fernão Pires, que antigamente era utilizada para produzir a aguardente nacional base do vinho do Porto. Existem ainda as Arinto, Alvarinho, Chardonnay e Sauvignon Blanc, entre outras. Nas tintas, há, entre outras, as Touriga Nacional, Trincadeira, Castelão, Syrah, Caberbet Sauvignon e Aragonês.