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Açores: vinhos vulcânicos e marítimos

Açores: vinhos vulcânicos e marítimos

Salinos, frescos e com ótima acidez, os vinhos dos Açores têm uma longa tradição. Saiba mais sobre os vinhos que já conquistaram fama junto dos especialistas internacionais.

Atualizado a 11/08/2022
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Açores: vinhos vulcânicos e marítimos

Aqui, onde o verde intenso da vegetação se destaca no meio da imensidão azul do oceano e brota espontaneamente de cada fenda aberta no solo vulcânico, crescem os vinhedos que dão origem àqueles que o Financial Times classificou como “deslumbrantes vinhos selvagens dos Açores”. O vinho regional dos Açores tem uma longa tradição e, embora seja produzido em todas as ilhas, há três que se destacam no seu cultivo, sendo reconhecidas como Denominações de Origem. São elas o Pico, a Graciosa e a localidade de Biscoitos, na ilha Terceira.

A vinha nos Açores

É por estas verdejantes paragens junto ao mar, em terrenos de rochas basálticas, quase sem terra para proteger ou segurar as raízes das videiras, que são produzidos alguns dos melhores vinhos brancos portugueses. Os vinhedos são cultivados dentro dos chamados currais, que são muros de pedra basáltica construídos há mais de 500 anos para proteger as vinhas dos ventos fortes vindos do oceano Atlântico, refletindo o calor necessário para melhorar a maturação das uvas. Estes muros com ar medieval cruzam a paisagem de uma forma absolutamente invulgar e, talvez por essa invulgaridade, esta paisagem de pedra e vinhedos, mais concretamente a da ilha do Pico, foi classificada pela UNESCO como Património Mundial.

 

Os vinhos dos Açores

Salinos, frescos e com ótima acidez, os vinhos dos Açores já conquistaram fama junto dos especialistas internacionais. O vinho licoroso branco do Pico e da Terceira, de aroma complexo a especiarias, encorpado e estruturado, feito a partir das castas predominantes Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico, é dos mais reconhecidos. Na Graciosa, destacam-se os vinhos brancos leves, frescos, secos e bastante frutados, feitos das castas predominantes Verdelho, Arinto, Terrantez, Boal e Fernão Pires.

Frederico Vilar Gomes
Enólogo Pingo Doce
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