Quando o inverno se instala, é difícil resistir à tentação de se aconchegar em casa, segurando delicadamente um copo de tinto, enquanto lá fora o frio e a chuva persistem. Nestes momentos, muitas vezes, opta-se por regiões e marcas clássicas, evitando grandes experimentações, mas saiba que há mais possibilidades. Venha connosco descobrir os vinhos de inverno.
Os tintos e a harmonização
Para os amantes de tintos encorpados, as regiões do Alentejo e Douro continuam a ser escolhas soberbas, harmonizando, idealmente, com carnes vermelhas e o sabor distintivo do porco preto.
Se a preferência recai sobre tintos mais elegantes e frescos, a sugestão é explorar vinhos com algum envelhecimento. Experimente vinhos com, pelo menos, quatro anos, que complementam pratos mais condimentados, como o cabrito, estufados, carne de caça e queijos curados. Dão, Beira Interior, Bairrada, Lisboa e Trás-os-Montes são boas apostas.
Dos brancos aos espumantes e vinhos licorosos
Os amantes de brancos estagiados em madeira encontram uma experiência enriquecedora com notas tostadas e amanteigadas. Estes vinhos fazem uma combinação sublime com queijos de pasta mole e carnes brancas, oferecendo uma alternativa única para os dias mais frios.
A versatilidade de um bom espumante antigo revela-se inigualável, harmonizando-se com uma ampla gama de sabores, desde enchidos e queijos até pratos de bacalhau, aves e carne de caça.
Para as sobremesas, os vinhos licorosos surgem como a escolha ideal. Madeiras, Portos Tawny e Moscatéis mais antigos são o par perfeito para doces conventuais, caramelizados e de frutos secos. Já os Portos Ruby destacam-se em combinações com sobremesas de chocolate, frutos vermelhos e queijos azuis, como Stilton e Roquefort. Para sobremesas mais frutadas, como gelados e tartes, os Moscatéis mais jovens são uma opção refrescante e equilibrada.
Assim, a paleta de vinhos de inverno oferece uma experiência sensorial rica, capaz de aprimorar os momentos de contemplação e degustação nesta estação fria.