Pêssego, ananás, maracujá, morango, amora, frutos vermelhos, fruta preta… É provável que já tenha visto algum destes aromas no rótulo de um vinho e tenha procurado identificá-los durante a degustação. Nem sempre é fácil, mas eles existem, embora em quantidades muito pequenas.
É o exemplo do aroma que dá o cheiro a banana e que tem o nome de acetato de isoamilo, que aparece com alguma frequência em vinhos brancos, em doses de poucos miligramas por cada garrafa de vinho.
Mas, afinal, o que são estes aromas?
Estes aromas não são mais do que transformações químicas naturais que ocorrem no processo de crescimento das diferentes frutas como a banana, o pêssego ou o morango.
Vinhos frutados: uma composição de aromas
É durante o processo de fermentação, quando o açúcar natural das uvas origina o álcool através da reação química de milhares de moléculas, que resultam a maior parte dos aromas finais do vinho.
Os especialistas sabem que diferentes castas originam aromas e vinhos muito distintos, por terem outras composições. E sabem também que existem aromas comuns nos diferentes tipos de vinhos frutados. Por exemplo:
- Quase todos os vinhos brancos cheiram a maracujá e/ou a ananás;
- Quase todos os rosés cheiram a fruta vermelha, como o morango, a cereja ou a framboesa;
- Os vinhos tintos quase sempre cheiram a fruta preta, quando são de zonas mais quentes como o Alentejo e o Douro, ou a fruta vermelha, quando são de zonas mais frias como a Bairrada ou a região de Lisboa. Isto verifica-se principalmente nas vinhas que crescem junto ao mar.
Aromas mais comuns de algumas das principais castas portuguesas
- Casta branca Arinto: Aroma fresco a limão e ligeiramente vegetal.
- Casta branca Fernão Pires: Aroma floral semelhante a moscatel e aromas frutados tropicais como o aroma a ananás ou a maracujá.
- Casta tinta touriga Nacional: Aroma a fruta preta, a laranja, a flor de laranjeira e a bergamota.
- Casta tinta Aragonez: Aroma a fruta vermelha, a morango, a ameixa, a tabaco, a baunilha e a café.